quinta-feira, 20 de setembro de 2012

ACEITE SUA CRUZ



Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. (Mc 8.34.)
            A cruz que o Senhor me manda tomar e carregar pode assumir diferentes formas. Pode ser que eu tenha de me contentar com uma esfera humilde e estreita, quando sinto capacidade para trabalho muito mais elevado. Pode ser que eu tenha de cultivar durante muitos anos um campo que não me parece trazer colheita alguma. Pode ser que Ele me mande nutrir pensamentos amáveis sobre alguém que me prejudicou, e pode ser que eu seja levado a falar-lhe brandamente, a tomar a sua defesa contra alguém que se opõe a ele, a cercá-lo de simpatia e dar-lhe minha ajuda.
            Pode ser que eu tenha de confessar a meu Mestre no meio daqueles que não querem ser relembrados da existência dEle, nem dos Seus direitos sobre eles. Pode ser que eu seja chamado a andar entre os homens com rosto radiante, quando meu coração está partido. Existem muitas cruzes, e todas elas são dolorosas e pesadas. Nenhuma delas será procurada por mim de iniciativa própria.
            Mas Jesus nunca está tão perto de mim como quando tomo a minha cruz e, submisso, coloco-a sobre os ombros, e a recebo com as boas-vin­das de um espírito paciente e conformado. Ele Se aproxima, para fazer amadurecer a minha sabedoria, para aprofundar a minha paz, para aumentar a minha coragem, para aumentar minha capacidade de ser útil aos outros, e isto através da própria experiência que se faz tão pesada e angustiante. E então — como estava escrito no sinete de um heróico prisioneiro —     Eu cresço sob a carga. Alexander Smellie
            "Aceite sua cruz como um bordão, não como um tropeço."
 MANANCIAIS DO DESERTO
 LETTIE COWMAN

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