sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PROFUNDIDADE

Não havia muita terra. (Mt 13.5.)
            Parece-nos, pelo ensino desta parábola, que nós temos alguma coisa a ver com o solo. A semente frutífera caiu num "coração reto e bom". Creio que há pessoas sem profundidade que são como o solo sem muita terra — aqueles que não têm um propósito real, que são movidos por qualquer apelo comovente, ou por um bom sermão, uma melodia sentimental, e que, a princípio, parece que vão produzir alguma coisa; mas não há muita terra — não há profundi­dade, não há um propósito honesto e profundo, não há um desejo real de conhecer o dever a fim de cumpri-lo. Olhemos para o solo do nosso coração.
            Quando um soldado romano era informado por seu dirigente de que, se insistisse em seguir determinada expedição, provavelmente iria morrer, a resposta era: "É necessário que eu vá; não é necessário que eu viva."
            Isto é profundidade. Quando estamos assim convictos, alguma coisa resultará daí. A natureza superficial vive dos seus impulsos, impressões, intuições, instintos e, também, do que a cerca. O caráter profundo olha para além dessas coisas e, enfrentando tempestades e nuvens, avança para a região ensolarada do outro lado; ele espera pelo amanhã, que sempre traz o reverso da dor e da aparente derrota e fracasso.
            Quando Deus nos faz profundos, então pode dar-nos também Suas verdades e segredos mais profundos e confiar-nos coisas maiores.   Senhor guia-me às profundezas da Tua vida e livra-me de uma experiência superficial.
MANANCIAIS DO DESERTO
 LETTIE COWMAN

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